segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Meio ano

Quando eu olhei dentro dos teus olhos pela primeira vez, eu me aproximei quase que inconscientemente. Nossa primeira conversa não foi das melhores, mas nossa idade justifica.
Eu acho que, bem lá no fundo, eu sempre te pertenci. Não é recente, é desde sempre.
A forma como você sempre me faz sorrir, a forma como me faz chorar... É tudo tão... perfeito. Até aqueles nossos momentos tristes.
Não sei se tão teus olhos ou o teu sorriso, mas você me hipnotiza. Eu faço qualquer coisa por você, qualquer coisa para tentar te fazer feliz pelo menos um terço do quanto você me faz sem esforço algum.
A tua presença já é tudo. A tua partida é sempre dolorosa e deixa saudades mesmo antes de você desaparecer de vista.
Eu sinto aquela angústia no fundo do peito, por conta do medo inconsciente de te perder. Já não imagino minha vida sem você.
Eu jurei que não seria mais assim, tão dependente, mas você virou todos os meus planos do avesso. Eu sigo as tuas regras agora.
E se me perguntarem porque te amo eu direi: por tudo e por nada. Parece vago, mas é o mais próximo que eu chego de alguma definição. Você simplesmente me faz bem de uma forma que ninguém nunca fez e isso me torna completamente vulnerável diante de ti, por mais que, quando em sua companhia, sempre me sinto segura contra qualquer perigo que nem existe.
E sabe o que mais? O.K.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Aromas de ausência

Na prateleira do quarto
vinte livros dormem,
quinze canecas sem café:
uma ausência para que todos notem.

Mas o aroma traz presença:
das canecas a cafeína,
que impregnam cada canto
do quarto de uma sonhadora menina.

Dos livros a baunilha
do envelhecimento inoportuno
das histórias tidas como primeiro refugo.

Neste quarto de dormências
revivam todos os sonhos que fiz descrença
ao completar meus quinze anos.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Nos dias de tempo bom

Hoje eu quis falar das belezas. Da beleza das flores, do céu, das estrelas, do Sol, dos aromas.

Das flores. Do seu colorido. Da sua diversidade. É primavera, minha estação amada. Aquelas plantas que se entristeceram no outono e morreram em depressão no inverno, ressuscitam, voltam alegres, trazem vida para as casas, para as ruas. Os dias passam alegres, cheirosos, a vida corre, planta, voa, vive.

Do céu. Será ele azul? No amanhecer ele é claro, o azul querendo ser branco, mas desiste e fica de um anil intenso. No anoitecer o crepúsculo brinca com a imaginação: o azul de mistura com o rosa, logo o laranja se junta à eles, o azul fica roxo, o vermelho invade o colorido que passa a escurecer. O céu não fica preto. Ele é azul marinho. Clareado por aquelas estrelas.

Das estrelas. Elas que são comparadas ao destino. Aquelas que atendem pedidos na primeira estrela visível ao entardecer. Aquelas que abençoam as noites dos apaixonados, dos amigos que se unem para aproveitar os dias de tempo bom. Elas que embelezam as misteriosas noites e tornam encantadoras essas partes do dia que são consideradas trevas.

Do Sol. Ele que ilumina e aquece os dias. Gosto quando vem com brisa e com temperatura amena, quando não queima a pele e não faz suar. Quando apenas aquece de leve e fica bom para ficar perto.

Dos aromas. O cheiro orgulhoso de um livro velho, o cheiro animado de um livro novo. O cheiro vibrante do perfume do amado que acelera as batidas do coração. O cheiro contagiante do café que tranquiliza, com o sabor que agita. Aromas que alucinam, que passam paz. Aromas que respiramos, que assimilamos. O aroma do corpo, sem perfume, pele na pele, olho no olho, o aroma do que chamamos amor.

Nos dias de tempo bom aproveito o Sol, com a brisa leve que traz os aromas do dia a dia, e das flores primaveris que gritam cores e juventude. O céu dá um show ao entardecer, com as cores se confundindo até se tornar homogêneo o pano de fundo de mais uma noite de trevas misteriosas que encantadora fica com estrelas pinceladas pelas mãos de algo que certamente é divino.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Via láctea (Soneto XIII)

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo 
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, 
Que, para ouvi-las, muita vez desperto 
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las! 
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".


~ Olavo Bilac

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Linhas vãs

Um trailer. Uma música boa. O vento entrando pela janela, bagunçando os cabelos. Uma vida sem maiores preocupações, vivendo um pouco em cada lugar.
Uma casa móvel. Um bom café. Caminhar descalço na areia da praia, amar na vista das estrelas, abençoados pela Lua.
Viajar o mundo, sem saber o que encontraremos no próximo quilômetro. Novas culturas, pessoas, línguas, visões.
Guardar tudo: na mente, na escrita, nas fotos.
A fumaça, o aroma, a sensação.
Cada toque: uma descoberta. Cada vez como a primeira vez. O mesmo encanto.
O vento. A brisa como uma melodia. A estrada nunca seria tediosa com a companhia certa. O mundo seria nosso. Cada centímetro dele.
Uma caneta. Uma página. Um sonho.

Do melhor cara do mundo II

"Oi, Garota Perfeita. Tu sabe tu mudou minha vida? Que agora você a tornou perfeita? Pois é. A menininha loira que eu quis quebrar o braço quando ainda menor, agora é a minha namorada, é a minha vida, minha melhor amiga. Tudo entre a gente acontece tão normalmente, nós temos uma confiança inexplicável.. Eu não consigo me imaginar sem você. Eu não consigo pensar em algo sem lembrar de você. Eu olho pra algo bonito e penso em você sorrindo. Quando você fala que ta mal, eu falo merda, bobagens pra tentar tirar um sorrisinho desse lindo rosto, eu imagino você fazendo fazendo que não com a cabeça e sorrindo de cantinho, pensando ''bobo''. O que mais me deixa feliz é ser o motivo do sorriso mais lindo das galáxias... O seu. Eu não tenho palavras pra te agradecer por estar do meu lado, por cuidar de mim, por me tornar o homem (menino, nenê) mais feliz que existe.  Prometo te amar e respeitar até o ultimo dia de minha vida! Te amo, minha linda. O.k."

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Soneto de vícios

A cada lágrima que derramei,
deu-me mil sorrisos.
A cada linha que tracei...
jogou fora meus malditos vícios.

Se antes o frio me arrepiava o corpo,
agora é teu toque quente que o faz.
Sem ti, por um segundo eu morro,
ficar sem te ver? Já não sou capaz.

Pena por pena fiquei sem asas,
fizeste de mim teu anjo,
teu peito agora é minha morada.

A caneta falha, palavras não descrevem mais,
amo-te com todas as minhas forças.
disso não duvides jamais.